quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Relato de viagem 8

Enquanto desviamos a rota ao oeste e desistimos de chegar ao fim do mundo, algumas curiosidades sobre a Argentina e a nossa viagem:
· Na Argentina não se tem muito senso de limpeza: é comum jogar lixo na rua, difícil achar lixeira...
· Caramba como os argentinos gostam de coisa doce! Até a media-luna salgada é levemente doce...
· Nossas refeições dos últimos dias: quinta: bolacha de almoço e sanduíche de janta; sexta: o que sobrou dos sanduíches de quinta de almoço e empanadas de frango de janta; sábado: o que sobrou das empanadas de almoço e sanduíche de miga sabor primavera de janta; domingo: sanduíche de miga no almoço e na janta; segunda: sanduíche de miga de almoço, "conosquinhos" de confeitaria e sanduíche de miga de janta; terça: refeição de verdade no almoço!, e não conseguimos encarar os últimos dois sanduíches de miga sabor privamera (comemos 16 no total), preferindo uma massa para rocambole que compramos sem querer.
· Estamos com saudade de comida - até mesmo do arroz com feijao do bandejao!
· Já conseguimos estabelecer algum contato consistente (sempre graças á cara de bom amigo do Phah) com um suíço, um alemão, um casal de italianos, um de argentinos, uma inglesa e uma israelense (exclusividade do Phah esta).
· Temos dois votos de que somos alemães e um para holandês.
· Aqui no sul o sol torra impiedosamente, e o nosso protetor solar também arde...
· Boa parte dos produtos vendidos aqui são chineses (até o gorro do San Lorenzo que comprei para não perder as orelhas), outra boa parte é brasileira, mas a erva-mate (ainda) é de indústria argentina.
· Onde há um (possível) espaço em branco, há publicidade, seja no vagão superpoluído do metro, seja na passagem de ônibus.
· A Argentina é um ótimo lugar para se treinar alemão quando não se tem dinheiro para ir à Alemanha.
· Argentinos não conhecem conceitos básicos de organização - os mercados são uma bagunça -, não sabem fazer fila, nem respeitar a vez.
· Buenos Aires não tem flautas peruanas.
· Na Argentina há um estranho hábito de se repetir nomes (e nao falo de todas as cidades terem as mesmas ruas): Perito Moreno, por exemplo, tem o parque nacional, um pouco longe, tem a cidade, e bem longe tem o glaciar; Fitz Roy, tem o rio, a montanha (pelo menos esses dois são próximos) e a cidade, que fica no litoral de outra província...
· Besteira proferidas pelos últimos dias: as estalactites de merda dos comorales, os lobos-marinhos magaivers (é difícil imaginar o bicho andar na terra, quanto mais subir os morros que sobem!), os aquedutos argentinos não seguem o padrão romano, qual lugar sagrado dos judeus está em El Calafate?
Hasta la vista!
2.
El Calafate, 08 de fevereiro de 2006.

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