sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Certa crise na esquerda: reflexo da precariedade da direita

Quando eu era ainda aluno de graduação da Unicamp, costumava ter idéias tidas por fracas, perigosas ou mesmo conservadoras por meus amigos de então - os quais se afirmavam convictos esquerdistas revolucionários. Não sei como estão hoje esses amigos, se já chegaram no "estágio evolutivo natural" de achar que ser de esquerda é coisa para jovens, ou se ainda se consideram revolucionários - desde que não mexam no seu status quo -, mas tenho a impressão de que algumas de minhas idéias de antanho não apenas não eram perigosas como eram necessárias; e se não eram revolucionárias, tampouco eram conservadoras, dado o estado da arte política no Brasil. Fui bastante execrado quando levantei a questão da necessidade de uma direita inteligente e bem embasada na realidade para a própria garantia de uma esquerda também inteligente e bem embasada. Para a maioria dos acadêmicos de esquerda do IFCH-Unicamp (e não estou falando somente dos então alunos) desejar qualquer coisa que não a aniquilação da direita era coisa de conservador, e assim fui taxado.
Vinda mais de uma leitura heterodoxa do Groucho-Marxismo do Bob Black que de algo mais embasado, como Hegel, eu defendia (ainda defendo) que dentro da arena da democracia liberal burguesa, os rumos da esquerda e da direita são dados antes pelo próprio embate entre essas forças adversas - mas não antagônicas -, que por um desenvolvimento interno dentro de cada campo, independente desse diálogo - ainda que o desenvolvimento interno seja importante. O que tínhamos então era uma esquerda teoricamente robusta, mas não raro carente de um pé na realidade - vejo a adesão petista à Realpolitik como conseqüência dessa precariedade de "princípio de realidade", mal que o PSOL me parece sofrer também -, e uma direita reacionária, com um pé na realidade e o outro no pior do nosso passado, papagaiando teorias alienígenas para justificar posições injustificáveis mesmo diante de um olhar de direita. Se uma década atrás, pouco mais, na esquerda tínhamos intelectuais do porte de Marilena Chauí e jornalistas do naipe de Maria Inês Nassif e Jânio de Freitas problematizando o debate, na direita, Vinícius Torres Freire e José Alexandre Scheikman eram espécimes raros de uma direita pensante com voz na Grande Imprensa. Nesse ínterim, a esquerda, a duras penas, tenta manter certo nicho e nível nessa imprensa, enquanto a direita mantém e amplia: na sua maioria, ela era e continuou sendo representada por "formadores de opinião" torpes e limitados. Paulo Francis e José Guilherme Merquior foram substituídos por Leitões, Ronsenfields, Jabores, Mervais e Cantanhêdes da vida, que acabaram abrindo espaço para figuras lastimáveis do porte de Marco Antonio Villa, Nelson Ascher, Luiz Felipe Pondé e Demétrio Magnoli - grandes intelectuais não-pensantes -, os quais trouxeram à vida Olavo de Carvalho e toda essa trupe de apedeutas microcéfalos que são indignos de terem os nomes citados aqui - peço desculpas pelos termos, sou contra predicados agressivos no debate político, mas as referidas figuras de direita não promovem qualquer debate, muito menos político.
A esquerda, se ainda vinha conseguindo manter o nível - descontado sectários extremistas -, não conseguia chamar a direita inteligente ao debate - ou ela não tinha o mesmo acesso à Grande Imprensa que seu colegas submissos (aos patrões) e agressivos (com os diferentes). Ao fim de anos nessa situação, e com o advento das redes sociais, que "exigem" respostas imediatas (seria a internet a versão pós-moderna da Caixa de Skinner?), a esquerda começou a sucumbir à burrice que lentamente mas incessantemente tomava a Grande Imprensa. Chauí se retirou do debate, tamanha a vileza da imprensa corporativa - Folha com especial destaque - sobre o que ela dizia; Paulo Henrique Amorim se tornou um caricato paranóico, meio de esquerda, meio petista, que vê o golpe em marcha em cada esquina; o site Brasil247 (com o qual não perdi muito tempo) surgiu como versão da "esquerda" alinhada ao PT para a Folha - ou seja, uma pré-Veja, com muito viés para pouca informação. 
Outro site de esquerda que vai pouco a pouco aderindo ao conceito de "reflexão zero" é o Diário do Centro do Mundo, do jornalista Paulo Nogueira. Acompanho há tempos o DCM e não há como não perceber a ladeira que Nogueira se mete. Ainda assim, apesar das reiteradas e cada vez mais comuns derrapadas, ele próprio tem ficado acima do debate proposto pela direita brasileira. Seu site, em compensação, na ânsia de ser crítico apenas reforça aquilo que gostaria de combater, e vai aos poucos minando sua credibilidade. A ênfase dada pelo DCM para figuras medíocre e dispensáveis - a não ser quando realmente falam alguma atrocidade - é espantosa: não teria nada importante pra informar, nenhum assunto ignorado pela Grande Imprensa que mereça atenção (violência policial, violência do crime organizado não-estatal, exclusão social, especulação imobiliária, corrupção fora da esfera federal, etc), para tanto repisar em sub-notícias sobre o ex-músico João Luiz, o "humorista" Danilo e o economista (é esse o nível da academia tupiniquim?) Rodrigo?

João Luiz, admito, é um caso que me deprime: fui fã dele, e ainda acho a seqüência de
discos em fins do século passado, início deste, excelente - até se afundar num acústico pasteurizado de quinta categoria, junto com o qual mudou seu discurso. Note a diferença entre países: enquanto na Austrália, Malcolm Young, ex-guitarrista do AC/DC, uma vez diagnosticado com demência é colocado sob os cuidados recomendados, no Brasil, João Luiz ganha coluna na Veja e passa a se anunciar como salvador da pátria e uma das únicas consciências lúcidas do país. Que interesse, que contribuição ao debate traz saber que ele teve cinqüenta espectadores num show ou que falou mal da Dilma em outro? Serve para inflar o ego em frangalhos do caquético senhor ao promover estardalhaço com subnotícia de subcelebridade subpensante de direita fascistóide - um fantoche que repete o que lhe sopram no ouvido e é insignificante para essa direita que ele hoje defende. DCM dá mais importância a ele que a própria Veja: é isso o jornalismo de esquerda?
Danilo, esse sempre foi deprimente. Seu ponto alto da carreira, pelo visto, foi seu primeiro quadro, "repórter inexperiente", no CQC do Tas (não confundir o este inescrupuloso reacionário em tempo integral com a Zona Autônoma Temporária, por favor!), creio que o que de melhor vi no programa (tinha amiga que insistia em me mostrar porcarias), que dá pra falar que é "ok" (CQC sempre me soou, nos seus melhores momentos, humor de segunda categoria, e para além do humor nem isso [http://j.mp/cG2010421]). Danilo ainda exige uma atenção maior, reconheço, visto que preconceito e incitação ao ódio são duas características marcantes do seu "humor", e não convém deixar que esse tipo de pensamento seja alardeado como natural e até mesmo benéfico - há quem diga "inteligente". Daí para noticiar que ele fez piada falando que ganhava um salário de dezesseis milhões de reais é dizer que o tempo dos leitores do site não tem valor algum e qualquer porcaria deve ser jogado na sua linha do tempo do Fakebook. É isso a esquerda crítica?
Rodrigo, sobre esse não me alongo - seria alguém completamente irrelevante em um país sério. Parece que seu momento de glória foi a resposta recebida da Miriam Leitão - até ela conseguiu não ter paciência com suas patifarias. O que vi de mais inteligente da sua parte foi uma foto abraçado com o Pateta, na Disney. Qualquer vírgula que não seja extremamente necessária dada a esse sujeito é desvalorizar a si próprio. E por que DCM gosta tanto de dar audiência a alguém assim?
Por fim, a cereja do bolo do DCM, que me deixou indignado e me motivou a escrever estas longas, enfadonhas e contraditórias linhas sobre a necessidade de não se escrever sobre o que, no fim, estou escrevendo. O Diário do Centro do Mundo não é um site que se propõe ao contraditório dentro dele: ali se apresentam versões alternativas à Grande Mídia, ao discurso conservador, mas evita-se estimular qualquer debate dentro do seu domínio, nem entre esquerdas, muito menos entre esquerda e direita. É uma escolha do site, explícita, legítima. Na minha opinião, o site perde, mas não é por isso que se torna ruim - inclusive, em dadas situações pode ser necessário esse radicalismo, visto o poder desmesurado do outro lado da Ágora política contemporânea (ou do que restou dela com a internet). Dada essa característica, não penso ser desonesto de minha parte imaginar que o que se publica ali é referendado por Paulo Nogueira.
Dia 8 de agosto, eis outra subnotícia - no caso, uma subanálise - sobre o ex-músico João Luiz. A autoria é de Moisés Mendes, do diário Zero Hora, de Porto Alegre. Informa ele que um show do ex-músico foi cancelado - ele se recusara a cantar para cinqüenta pessoas - e analisa sua postura política e artística atual. Pelas tantas, solta o analista: "Outra coisa que Lobão não sabe é que não há arte de direita [...]. Artistas que se dedicam a espinafrar governos são, de fato, os que produzem o melhor humor. Mas isso não significa 'arte' de direita, que raramente funciona, no humor ou na música. A transgressão nunca será produto de reacionários. Não há no mundo um caso de humor direitoso de qualidade como o pretendido por Lobão e sua viola. Quem discordar deve apresentar provas" [http://j.mp/1EJ42z5]. Repito o que destaquei: NÃO HÁ ARTE DE DIREITA. O senhor Mendes - assim como os editores do DCM - demonstram com isso um repertório assustadoramente limitado! Em parte concordo: não há arte de direita, assim como não há arte de esquerda: o que há é arte! Porém, como o texto quer conciliar arte e política, impossível não discordar que não haja arte de direita. A pedidos do próprio, apresento algumas provas que me vieram rapidamente - é discutível se são geniais ou apenas bons, mas são artistas maiores, sem dúvida. Salvador Dali. Jorge Luís Borges - que no seu conservadorismo mais reacionário faz a gente pensar e repensar nossa postura diante do mundo. Mario Vargas Llosa e seu A guerra do fim do mundo. Ou, para ficarmos no Brasil, chega a ser covarde comparar a qualidade literária e a capacidade de perturbar nosso comodismo por parte de Nelson Rodrigues com a literatura fraca e previsível de um Fausto Wolff (certa feita encarei seu À Mão esquerda, após ler que era um dos principais romances da esquerda do Brasil. É melhor que CQC, sem dúvida, mas mais proveitoso é ir passear no centro de São Paulo e no Ibirapuera).
Esse tipo de generalização é um golpe a mais na política, tentativa de assassinato, e a ascensão da burrice e de totalitarismos. Corriqueiro na direita que domina as comunicações do Brasil, vai tomando também a esquerda, para além dos extremistas sectários. Esfaquear, bater, matar, aniquilar passa a ser a única possibilidade de diálogo a quem nega qualquer qualidade e qualquer capacidade ao campo oposto - afinal, se não há arte de direita, nada mais lógico que queimar quadros, livros, discos e, por que não, pessoas de direita. É um pensamento posto em prática pela direita no mundo, durante o século passado, e tem sido revivido neste últimos tempos (não só no Brasil, assustadoramente), sem dizer realmente seu nome, para não mostrar o que realmente querem - esse pensamento prima pela desonestidade e ameaça.
Encerro esta longa crônica para dizer que há, sim, resistência à burrice galopante, ao menos na esquerda, campo que me identifico e que acompanho com mais afinco. DCM caminha a passos largos para o lixo, mas ainda não está condenado a ser outro peão acéfalo nessa disputa de fígados que é nosso debate político. Vladimir Safatle tem assumido com consistência a voz que tenta fazer a ponte entre a torre de marfim tupiniquim e o mundo real em que nem criminoso nem polícia são ontologicamente "do bem" - ainda que às vezes derrape em falta de contato com o chão. Azenha com o Vi o Mundo [http://j.mp/1JxSllW], Nassif com seu blog [http://j.mp/1KAKLSh], o recente site Brasil em 5 [http://j.mp/1hyk1ek] - que conta com a participação do cada vez mais imprescindível Guilherme Boulous, alguém que realiza na práxis a intersecção entre teoria e prática - e, principalmente, o hebdomadário Carta Capital [http://j.mp/1NAInQB] ainda se negam a adentrarem a latrina geral que tem tomado conta do cenário político atual.
Resta ainda a lacuna na esquerda de refletir efetivamente - em ato -, sem achar que possui uma resposta teórica capaz de dar conta da "infinitude do real", e sem capitular à mediocridade geral, simplesmente porque só sabe trabalhar na chave do tudo ou nada. Boulos, como disse, é um nome importante nessa frente. Faltam outros. Falta o Outro com quem debater.

21 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Grupo Corpo, 40 anos: que venham logo os próximos! [diálogos com a dança]

Conheci o Grupo Corpo há cerca de quinze anos, e me tornei fã de imediato. Mais do que isso: foi com o Grupo Corpo que me tornei apreciador de dança contemporânea - a que muito assisto, quase nada entendo (mas mesmo assim palpito) e há pouco pratico. A companhia de Belo Horizonte tem um nível técnico que salta aos olhos - mesmo leigos -, e não se contenta em seguir caminhos fáceis, de garantida aprovação do público - ainda que seja perceptível a linguagem de Rodrigo Pederneiras, coreógrafo do grupo (certa feita assisti a uma apresentação da São Paulo Companhia de Dança, sem saber que uma das coreografias era dele, e ao verificar no programa, ao fim do espetáculo, me surpreendi em ter reconhecido o que achei que era somente "influência" dele). Me pergunto se, alcançado esse nível, e com toda essa história, algum dia o Grupo Corpo produzirá um espetáculo de qualidade questionável - como grupo que se arrisca, há altos e baixos nas suas obras, mas os pontos baixos ainda são de um nível excepcional. Esse prolegômeno todo para relativizar minha afirmação de que saí um tanto decepcionado da apresentação das comemorações pelos quarenta anos da companhia, Suíte Branca e Dança Sinfônica. As duas coreografias - inéditas - apresentadas no programa são boas, bonitas, mas eu esperava mais - reconheço uma expectativa excessiva pela comemoração da data redonda. Me pareceu faltar a elas certa dose de tensão que pusesse o coreógrafo - e o público - em um ponto incômodo, um quê de estranhamento, de conflito. São espetáculos comemorativos e são fiéis à acepção positiva que domina o termo ultimamente: alegres, leves, festivos, harmônicos - isso não deveria ser ruim, eu sei, e talvez não seja, mas a mim decepciona um pouco.
Adeptos de uma estética que tenta trabalhar com pouco e disso extrair muito - a luz simples e de recortes precisos em cenários e figurinos elaborados mas reduzidos ao necessário -, tanto Suíte Branca quanto Dança Sinfônica radicalizam no pouco, mas não logram chegar no muito. Na verdade, invertem certo padrão do grupo, e recorrem a desenhos de luz que parecem tentar preencher o que figurinos e cenários mínimos não dão conta de transmitir.
Suíte Branca inova por não ser uma coreografia de Rodrigo Pederneiras - pelo que pude verificar, a quarta apresentada pelo grupo, sendo a última, de Suzanne Linke, em 1989. Assina-a Cassi Abranches, cria da casa, bailarina do grupo por doze anos. É praticamente uma coreografia-homenagem a Pederneiras, tão evidente é a influência deste. Bailarinos de branco, sobre chão branco, diante de um fundo branco - que remete a papel amassado - e sob luzes brancas. Ao leigo que aqui escreve pareceu um espetáculo com alta dose de exigência técnica, dançada com maestria pelos bailarinos. O excesso de técnica, contudo, não oculta o que parece ser uma falta de propósito - de "alma", como comentou a amiga que me acompanhava. Dançam bem, são muito técnicos e causam impacto sem maiores firulas, mas a que dançam? E por falar em impacto, mais que a técnica, o que me impressionou foi o belo efeito produzido pelas luzes laterais incidindo sobre os bailarinos, que dão a eles algo como luz própria, ao provocarem reflexos sob seus corpos (quando estava apenas um bailarino no palco, cheguei a achar que estivessem usando canhão a baixa intensidade, mas quando entraram os demais, vi que tecnicamente não fazia sentido dois canhões por dançarino). Ou, então, quando os dançarinos, enfileirados lado a lado diante do público, sutilmente vão e vem com seus corpos, produzindo diferentes luminescências do "cenário" ao fundo.
Menos homogêneo nos elementos de palco, Dança Sinfônica - essa, sim, de Pederneiras -, causa impacto de cara, mas parece perder vigor no correr da coreografia. Entram dançarinos de preto, caminhando de costas, sustentando dançarinas de vermelho - em pé. No palco, as pernas da caixa preta substituídas por tecido vermelho e luz quente sob intensidade baixa. Apesar da alta verticalidade, há um peso no gesto. Esse peso, contudo, vai se desfazendo no correr do espetáculo, que, diante de Suíte Branca, abusa de movimentos do balé - pode ser fruto de minha ignorância em dança, mas Cassi me soou mais Pederneiras que o próprio. Dança Sinfônica também é menos harmônico: um elemento branco - frio - surge em meio ao quente vermelho e negro. A bailarina destoante no figurino permite mais facilmente uma leitura ao público mais simples (no caso, eu) - numa chave de diferença-tentativa de assimilação-reafirmação e aceitação do diferente, por exemplo -, mas ainda assim, o clima geral é de harmonia, de diferenças que se entendem sem conflito.
Quanto às trilhas sonoras, elas também quebraram minhas expectativas. De Samuel Rosa, da banda Skank, que compôs para Suíte Branca, eu pouco esperava, mas o som que lembra Explosion In The Sky com toques Beatles foi do meu agrado e criou algo de uma leve tensão com todo o resto do espetáculo - não foi outro elemento de virtuosismo branco sobre branco. Já da obra de Marco Antônio Guimarães, do Uakti, teve um diálogo muito sincrônico com a coreografia, o que reforça minha crítica - sem contar que esperava mais por ser do Uakti.
Talvez minha impressão sobre as coreografias seja fruto de certo amargor que me acompanha e busco encontrar também na arte - ou então de querer achar discursos racionais em tudo, sei lá. Talvez tenha mesmo faltado uma faca no pescoço do coreógrafo, como em Triz. Ou talvez eu simplesmente não tenha entendido nada. O certo é que, dado meus precários predicados em dança, a "análise" acima é descaradamente apoiada em questão de gosto (se alguém quiser ter alguma referência, achei as duas coreografias do nível de Ímã, a que menos gostei até agora; sendo Breu Bach minhas favoritas). E, como digo no título, não deixo de esperar que venham logo novos espetáculo do grupo. De qualquer forma, apesar de tudo o que recém disse, são duas obras de grande beleza estética e que valem ser vistas!


13 de agosto de 2015

ps: para quem chegou ao fim desta crônica, sugiro a leitura de uma boa crítica das danças, dizendo o contrário do que falei acima. Por Helena Katz, "Os códigos sutis dos movimentos sempre renovados".

ps2: nas fotos, dois exemplos (pontuais) da beleza plástica das coreografias